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Castelo Branco na Guerra de Sucessão Espanhola 1704

É sabido que Castelo Branco sofreu imenso devido à sua posição fronteiriça ao longo dos tempos, 1704, 1762 e 1807/8 serão eventualmente as datas mais conhecidas em que houve ataques de invasores estrangeiros.

Encontrei uma breve descrição do que se passou em 1704 enquanto procurava a Bula Papal de Inocêncio III de 1215, que outorga Castelo Branco à Ordem do Templo.

Aqui fica a pérola, devidamente traduza para o meu arcaico português. : )

Castelo Branco | 1704 | Guerra da Sucessão Espanhola
O comandante franco-espanhol James Fitz-James, Duque de Berwick avançou para Portugal e encontrou uma força luso-holandesa comandada pelo Barão Nicolas Fagel perto da fortaleza fronteiriça de Castelo Branco. As tropas em inferior número de Fagel foram grandemente derrotadas, maioria terá sido morta ou capturada. Fagel conseguiu escapar para Abrantes, enquanto Berwick marchou Sul para capturar Portalegre. (Maio 1704)

Fonte:
Página 267

Quem conseguir sacar esta pérola de livro que avise. ; )

Nice digging,
Kenny.

Problemas Analíticos I

Ando à procura da bula papal em que o Papa Inocêncio III cede a vila conhecida comummente por Castelo Branco aos Templários.

1216, Janeiro. Morte de Inocêncio III.

A bula supostamente é datada de 1245, quando está o Papa Inocêncio IV no poder. Encontrei portanto um buraco bem grande na história albicastrense, pois todas as referências que vi até agora apontam para esta data... Será que ninguém se deu ao trabalho de ver quem era Papa nesse longínquo ano de 1245? : s

Dammit!
Kenny.

PS: Acabei por entender que provavelmente é um erro tipográfico que se espalhou pela rede, pois as fontes que aqui tenho - monografias várias de Castelo Branco - referem a data da Bula como 1215. Procuro a dita bula sem parar e apenas consegui uma pequena parte dela num blog sem qualquer referência bibliográfica. : (

Cronologia I

Vou começar a colocar factos cronológicos da cidade de Castelo Branco e da região quando considerar que são factos importantes, no sentido de contextualizar toda a informação.

Hoje começaremos com factos sobre Castelo Branco

1165 - conquista do território aos mouros e doação da zona aos Templários, que então se denominava Vila Franca da Cardosa;
1198 - a doação foi revista por D. Sancho I, ficando metade do território na posse de Fernando Sanches;
1213 - doação de foral, segundo o modelo de Ávila / Évora;
1214 - a totalidade da Cardosa foi doada à Ordem do Templo, confirmada pela bula de Inocêncio III, em 1215, altura em que se refere, pela primeira vez, o nome Castelo Branco;
1214-1230 - edificada a primeira muralha pela Ordem do Templo, criando, com Tomar, Monsanto, Zêzere, Almourol e Pombal uma importante linha defensiva;
1229 - D. Simão Mendes, Mestre da Ordem do Templo, mandou construir o palácio para os comendadores;
séc. 13, final - notícia de obras no reinado de D. Dinis; tinha quatro portas, a do Ouro, Santiago, Traição e Pelame;
1343 - construída uma segunda muralha, correspondendo a uma alargamento passando a alcáçova a ter sete portas, em vez das três primitivas; execução da torre de menagem, agora adossada à muralha; D. Afonso IV ordena que as vilas de Castelo Branco e Nisa fizessem muralhas, sendo as obras pagas com fundos da sisa sobre o cereal, vinho, carne, sobejos dos hospitais e gafarias e sobras dos Resíduos dos Testamentos, tudo da Ordem, até ao montante de 600 libras;
1357, 1 Outubro - primeira referência a um alcaide-mor no castelo, no processo da sua doação a Martim Lourenço de Figueiredo;
1408 - o palácio é descrito como tendo três câmaras, uma torre e duas cavalriças, tendo, junto ao mesmo, uma cozinha, uma vacaria, um celeiro e uma casa para guardar a prata;
séc. 15 - construção da barbacã;
1422 - no Rol dos Besteiros, é referida a existência de 6390 habitantes;
1496 - na Inquirição, é referida a existência de 839 habitantes;
séc. 16 - edificação do Paço Quinhentista do qual resta a torre; Duarte D'Armas no seu "Livro das Fortalezas" mostra uma imponente torre de menagem e um Paço - o Palácio dos Comendadores -, com pomar, uma cinta de muralhas com pano duplo junto aos terrenos da planície defendida por cinco torres, uma delas mais alta, que constitui a torre do relógio, já referida como tal; referidas as torres com pedrarias lavradas, com juntas de cal;
1508 - Mateus Fernandes fez uma avaliação das obras necessárias;
1509 - referência a oito portas, a do Ouro, Traição, Espírito Santo, Relógio, Vila, Esteval, Santiago, Santarém; instituição de couto de homiziados;
1510, 20 Novembro - Álvaro Cardoso foi nomeado recebedor do dinheiro das obras do castelo;
1527 - no Numeramento, existe a referência a 1417 habitantes;
1535 - D. João III dá à vila o título de Notável;
séc. 17 - os últimos comendadores a habitar o palácio foram D. Fernando e D. António de Meneses;
1704, 22 Maio - invasão hispano-francesa derrubou parte da muralha;
1706 - no tombo da vila de Castelo Branco, é referido que o palácio tinha um portal de acesso em cantaria, tendo, à direita, a estrebaria e, no oposto, a cisterna, que se enchia com as águas pluviais do telhado da Igreja de Santa Maria; o pátio encontrava-se murado, situado entre a cabeceira da igreja e o palácio, construído em cantaria lavrada; na entrada, um alpendre sobre 4 arcos de cantaria, sobre o qual surgia uma varanda forrada de madeira de castanho e com guarda de cantaria; à esquerda uma escadaria com 28 degraus, tendo ao lado a cozinha; tinha duas salas com lareiras e janelas conversadeiras; na torre, com três pisos, o sótão, a sala de guarda roupa e outra, no piso inferior, com janela conversadeira; este ligava por passadiço ameiado com a torre de menagem.
1753, Outubro - a antiga alcáçova ainda se encontrava em óptimo estado de conservação, conforme descrição da mesma *4;
1762 - saque da praça, na sequência da Guerra dos Sete Anos;
1763 - devolução da Praça pelo Tratado de Paris;
1769, 6 Novembro - um alvará extingue o cargo de alcaide-mor;
1771, 20 Março - elevada a cidade e tornando-se sede de bispado;
séc. 19, 1.º quartel - feitura de uma nova porta para aceder à barbacã N.;
1807 - invasão de Junot, na marcha para Lisboa, deixando o castelo bastante arruinado;
1818 - no Tombo dos Bens do Concelho, é efectuada uma medição das muralhas;
1821 - começavam a ser retiradas pedras do Castelo e do Paço pelos habitantes para construção das suas habitações;
1835, 17 Julho - uma Portaria do Ministério da Guarda a pedido da Câmara Municipal, efectuado no ano anterior, concede licença para se destruir os arcos das muralhas e empregar essas pedras em obras de manifesta utilidade pública; foram derrubadas as portas da Vila, do Relógio e do Espírito Santo, sendo a pedra utilizada na construção da Ponte da Granja;
1839, 9 Março - nova Portaria autoriza que fosse vendida parte das pedras das paredes do Castelo e telha e madeira do palácio;
20 Março - portaria permite a venda das telhas e dos madeiramentos;
1851 - a Câmara estuda a possibilidade de implantar o cemitério no local, ideia abandonada em 1864, por ser uma zona demasiado rochosa;
séc. 19, 2.ª metade - pela acção do governador-civil Guilhermino de Barros, algumas muralhas foram reconstruídas, bem como algumas estruturas do palácio;
1852, 15 Novembro - violento temporal fez desabar algumas paredes da alcáçova e das muralhas;
19 Novembro - o parque foi cedido à Câmara para cemitério, obra que não se concretizou;
1862 - destruição da Porta do Postiguinho;
1875 / 1876 - início das obras no palácio, para adaptação a casa do professor da escola que se achava anexa, que não se concluiriam;
1893, 18 Maio - a Câmara verifica que os muros da barbacã do Espírito Santo se encontravam arruinados ameaçando perigo, sendo pertencentes a três particulares, pelo que os obrigou a demoli-los caso não procedessem às obras necessárias;
1929 - a Câmara construíu um urinol público na muralha da R. Vaz Preto;
1930 - desaba a última torre da muralha que já se apresentava em ruína;
1933 - construção de três reservatórios de água, adjudicados a Manuel Figueira, em terreno adquirido por 6.000$00;
1936, Março - uma tempestada provocou a derrocada da torre existente no ângulo E. / N.;
1936 - é solicitada à DGEMN um vistoria ao local e inicia-se o projecto de recuperação, como miradouro; simultaneamente, a Câmara solicitou um projecto de reconstrução ao engenheiro Manuel Tavares dos Santos, mas a falta de recursos tornou o projecto inviável;
1975 - é considerada a hipótese de demolir a muralha da R. Vaz Preto;
1977 - a DGEMN faz uma prospecção nesse local, sondando vestígios de outros troços; a Câmara expropriou e demoliu casas adossadas ao troço das muralhas;
1981 - demolição de uns barracões pertencentes à GNR adossados à muralha da R. Vaz Preto;
2000 - demolição de duas casas na R. Vaz Preto pôs a descoberto parte da muralha, nomeadamente um dos torreões.

Fontes
Luís Castro e Marisa Costa, _aqui_
IGESPAR - antigo IPPAR - onde quer que seja. Google it! xD

Vou começar a colocar assim informação que considere útil, e vou tentar colocar sempre as fontes, pena a inúmera informação que tenho sem qualquer fonte associada. :-x

F*cking happy,
Kenny.
 
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