1165 - conquista do território aos mouros e doação da zona aos Templários, que então se denominava Vila Franca da Cardosa;
1198 - a doação foi revista por D. Sancho I, ficando metade do território na posse de Fernando Sanches;
1213 - doação de foral, segundo o modelo de Ávila / Évora;
1214 - a totalidade da Cardosa foi doada à Ordem do Templo, confirmada pela bula de Inocêncio III, em 1215, altura em que se refere, pela primeira vez, o nome Castelo Branco;
1214-1230 - edificada a primeira muralha pela Ordem do Templo, criando, com Tomar, Monsanto, Zêzere, Almourol e Pombal uma importante linha defensiva;
1229 - D. Simão Mendes, Mestre da Ordem do Templo, mandou construir o palácio para os comendadores;
séc. 13, final - notícia de obras no reinado de D. Dinis; tinha quatro portas, a do Ouro, Santiago, Traição e Pelame;
1343 - construída uma segunda muralha, correspondendo a uma alargamento passando a alcáçova a ter sete portas, em vez das três primitivas; execução da torre de menagem, agora adossada à muralha; D. Afonso IV ordena que as vilas de Castelo Branco e Nisa fizessem muralhas, sendo as obras pagas com fundos da sisa sobre o cereal, vinho, carne, sobejos dos hospitais e gafarias e sobras dos Resíduos dos Testamentos, tudo da Ordem, até ao montante de 600 libras;
1357, 1 Outubro - primeira referência a um alcaide-mor no castelo, no processo da sua doação a Martim Lourenço de Figueiredo;
1408 - o palácio é descrito como tendo três câmaras, uma torre e duas cavalriças, tendo, junto ao mesmo, uma cozinha, uma vacaria, um celeiro e uma casa para guardar a prata;
séc. 15 - construção da barbacã;
1422 - no Rol dos Besteiros, é referida a existência de 6390 habitantes;
1496 - na Inquirição, é referida a existência de 839 habitantes;
séc. 16 - edificação do Paço Quinhentista do qual resta a torre; Duarte D'Armas no seu "Livro das Fortalezas" mostra uma imponente torre de menagem e um Paço - o Palácio dos Comendadores -, com pomar, uma cinta de muralhas com pano duplo junto aos terrenos da planície defendida por cinco torres, uma delas mais alta, que constitui a torre do relógio, já referida como tal; referidas as torres com pedrarias lavradas, com juntas de cal;
1508 - Mateus Fernandes fez uma avaliação das obras necessárias;
1509 - referência a oito portas, a do Ouro, Traição, Espírito Santo, Relógio, Vila, Esteval, Santiago, Santarém; instituição de couto de homiziados;
1510, 20 Novembro - Álvaro Cardoso foi nomeado recebedor do dinheiro das obras do castelo;
1527 - no Numeramento, existe a referência a 1417 habitantes;
1535 - D. João III dá à vila o título de Notável;
séc. 17 - os últimos comendadores a habitar o palácio foram D. Fernando e D. António de Meneses;
1704, 22 Maio - invasão hispano-francesa derrubou parte da muralha;
1706 - no tombo da vila de Castelo Branco, é referido que o palácio tinha um portal de acesso em cantaria, tendo, à direita, a estrebaria e, no oposto, a cisterna, que se enchia com as águas pluviais do telhado da Igreja de Santa Maria; o pátio encontrava-se murado, situado entre a cabeceira da igreja e o palácio, construído em cantaria lavrada; na entrada, um alpendre sobre 4 arcos de cantaria, sobre o qual surgia uma varanda forrada de madeira de castanho e com guarda de cantaria; à esquerda uma escadaria com 28 degraus, tendo ao lado a cozinha; tinha duas salas com lareiras e janelas conversadeiras; na torre, com três pisos, o sótão, a sala de guarda roupa e outra, no piso inferior, com janela conversadeira; este ligava por passadiço ameiado com a torre de menagem.
1753, Outubro - a antiga alcáçova ainda se encontrava em óptimo estado de conservação, conforme descrição da mesma *4;
1762 - saque da praça, na sequência da Guerra dos Sete Anos;
1763 - devolução da Praça pelo Tratado de Paris;
1769, 6 Novembro - um alvará extingue o cargo de alcaide-mor;
1771, 20 Março - elevada a cidade e tornando-se sede de bispado;
séc. 19, 1.º quartel - feitura de uma nova porta para aceder à barbacã N.;
1807 - invasão de Junot, na marcha para Lisboa, deixando o castelo bastante arruinado;
1818 - no Tombo dos Bens do Concelho, é efectuada uma medição das muralhas;
1821 - começavam a ser retiradas pedras do Castelo e do Paço pelos habitantes para construção das suas habitações;
1835, 17 Julho - uma Portaria do Ministério da Guarda a pedido da Câmara Municipal, efectuado no ano anterior, concede licença para se destruir os arcos das muralhas e empregar essas pedras em obras de manifesta utilidade pública; foram derrubadas as portas da Vila, do Relógio e do Espírito Santo, sendo a pedra utilizada na construção da Ponte da Granja;
1839, 9 Março - nova Portaria autoriza que fosse vendida parte das pedras das paredes do Castelo e telha e madeira do palácio;
20 Março - portaria permite a venda das telhas e dos madeiramentos;
1851 - a Câmara estuda a possibilidade de implantar o cemitério no local, ideia abandonada em 1864, por ser uma zona demasiado rochosa;
séc. 19, 2.ª metade - pela acção do governador-civil Guilhermino de Barros, algumas muralhas foram reconstruídas, bem como algumas estruturas do palácio;
1852, 15 Novembro - violento temporal fez desabar algumas paredes da alcáçova e das muralhas;
19 Novembro - o parque foi cedido à Câmara para cemitério, obra que não se concretizou;
1862 - destruição da Porta do Postiguinho;
1875 / 1876 - início das obras no palácio, para adaptação a casa do professor da escola que se achava anexa, que não se concluiriam;
1893, 18 Maio - a Câmara verifica que os muros da barbacã do Espírito Santo se encontravam arruinados ameaçando perigo, sendo pertencentes a três particulares, pelo que os obrigou a demoli-los caso não procedessem às obras necessárias;
1929 - a Câmara construíu um urinol público na muralha da R. Vaz Preto;
1930 - desaba a última torre da muralha que já se apresentava em ruína;
1933 - construção de três reservatórios de água, adjudicados a Manuel Figueira, em terreno adquirido por 6.000$00;
1936, Março - uma tempestada provocou a derrocada da torre existente no ângulo E. / N.;
1936 - é solicitada à DGEMN um vistoria ao local e inicia-se o projecto de recuperação, como miradouro; simultaneamente, a Câmara solicitou um projecto de reconstrução ao engenheiro Manuel Tavares dos Santos, mas a falta de recursos tornou o projecto inviável;
1975 - é considerada a hipótese de demolir a muralha da R. Vaz Preto;
1977 - a DGEMN faz uma prospecção nesse local, sondando vestígios de outros troços; a Câmara expropriou e demoliu casas adossadas ao troço das muralhas;
1981 - demolição de uns barracões pertencentes à GNR adossados à muralha da R. Vaz Preto;
2000 - demolição de duas casas na R. Vaz Preto pôs a descoberto parte da muralha, nomeadamente um dos torreões.